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2012 - Livro Vermelho 2013

Comanthera suberosa (Giul.) L.R.Parra & Giul. DD

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 04-10-2011

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie com dados insuficientes paraavaliação. É considerada "Criticamente em perigo" (CR) na lista oficial.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Comanthera suberosa (Giul.) L.R.Parra & Giul.;

Família: Eriocaulaceae

Sinônimos:

  • > Syngonanthus suberosus ;
  • > Syngonanthus xeranthemoides var. strigillosus ;
  • > Comanthera xeranthemoides var. strigillosa ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Popularmente conhecida como Margarida (Parra et al., 2010)

Distribuição

A espécie ocorre no bioma Cerrado, exclusivamente no Estado de Minas Gerais (Giulietti et al., 2010) Segundo Giulietti et al. (1996) a espécie ocorre somente na Serra do Ambrósio, no Morro Espigão do Meio na Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais. Parra (2000) cita uma coleta para a localidade de Penha de França, próximo a Rio Vermelho. De acordo com Biodiversitas (2005) a espécie ocorre em uma faixa altitudinal que varia entre 800 e 1.600 m.

Ecologia

De acordo com Giulietti et al. (1996) a espécie é restrita às áreas de solo arenoso e de hábito perene, sendo que a floração ocorre no mês de julho, quando os escapos e capítulos atingem dimensões maiores, prolongando-se até novembro.

Ameaças

1.3 Extraction
Detalhes De acordo com Parra (2000), a espécie já era conhecida e comercializada antes de ser descrita por Giulietti (1996). A região de ocorrência da espécie está sofrendo uma forte pressão antrópica no útlimos anos, com devastação do ambiente original, problema acentudado pela exploração da espécie (Meguro et al., 1994; Pirani et al., 1994 apud Parra, 2000).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Entre o século 16 e a década de 1960, os Campos Rupestres naturais de Minas Gerais foram reduzidos de 29.000 para 5.000 km² (Magnanini, 1961 apud Alves et al., 2007).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade high
Detalhes De acordo com Costa et al. (2008), representantes de Eriocaulaceae ocorrem, na sua grande maioria, em áreas de Campo Rupestre, nos campos entre os afloramentos rochosos em meio a uma matriz graminóide. Estas áreas na região da Cadeia do Espinhaço têm sofrido enorme pressão agrícola e pecuária. Grandes e pequenas propriedades têm cada vez mais avançado sobre estas terras na intenção de expandir as pastagens e as áreas de cultivo, inclusive com uso de fogo. Outro problema muito frequente é a atividade de empresas mineradoras. Além do grande impacto que causam no ambiente como um todo, em geral seu modo de operação consiste, de início, justamente na retirada das camadas superficiais do solo, sobre as quais encontram-se instaladas as espécies herbáceas.

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Observações: Anexo I da Instrução Normativa nº6, de 23 de Setembro de 2008 (MMA 2008).

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Lista de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).

Usos

Referências

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- MARCELO APARECIDO DA SILVA. Estudo químico e biológico de plantas da família Eriocaulaceae. Tese de Doutorado. Araraquara, SP: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2008.

- SILVA, M. A.; CARDOSO, C. A. L.; VILEGAS, W. ET AL. High-Performance Liquid Chromatographic Quantification of Flavonoids in Eriocaulaceae Species and Their Antimicrobial Activity. Molecules, v. 14, p. 4644-4654, 2009.

- SCATENA, V. L.; ROCHA, C. L. M. Anatomia dos Órgãos Vegetativos e do Escapo Floral de Leiothrix crassifolia (Bong.) Ruhl., Eriocaulaceae, da Serra do Cipó - MG. Acta Botânica Brasílica, v. 9, n. 2, p. 195-211, 1995.

- GIULIETTI, A. M.; WANDERLEY, M. G. L.; LONGHI-WAGNER, H. M. ET AL. Estudo em "Sempre-vivas": taxonomia com ênfase nas espécies de Minas Gerais, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 10, p. 329-377, 1996.

- SCATENA, V. L.; VICH, D. V.; PARRA, L. R. Anatomia de escapos, folhas e brácteas de Syngonanthus sect. Eulepis (Bong. ex Koern.) Ruhland (Eriocaulaceae). Acta Botânica Brasílica, v. 4, p. 825-837, 2004.

- MAURÍCIO TAKASHI COUTINHO WATANABE. Análise morfométrica e variabilidade morfológica em populações de Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae). Dissertação de Mestrado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2009.

- LARA REGINA PARRA DE LAZZARI. Redelimitação e revisão de Syngonanthus sect. Eulepis (Bong. ex Koern.) Ruhland. Tese de Doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2000.

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- PARRA, L. R.; GIULIETTI, A. M.; ANDRADE, M. J. G. ET AL.. Reestablishment and New Circumscription of Comanthera (Eriocaulaceae). Taxon, v. 59, p. 1135-1146, 2010.

- BEDÊ, L. C. Alternativas para o Uso Sustentado de Sempre-Vivas: Efeitos do Manejo Extrativista Sobre Syngonanthus elegantulus Ruhland (Eriocaulaceae). Tese de Doutorado. Belo Horizonte - MG: Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.

- GIULIETTI, N.; GIULIETTI, A. M.; PIRANI, J. R. ET AL. Estudos em Sempre-vivas: Importância Econômica do Extrativismo em Minas Gerias, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 1, n. 2, p. 179-193, 1988.

- CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL, MINAS GERAIS. Deliberação COPAM n. 85, de 21 de outubro de 1997. Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado de Minas Gerais, Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Diário do Executivo, Belo Horizonte, MG, 30 out. 1997, 1997.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Comanthera suberosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Comanthera suberosa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 04/10/2011 - 13:44:32